segunda-feira, 23 de setembro de 2013


domingo, 16 de novembro de 2008

Humor gráfico no jornal Contato

Fui convidado pelos colegas Tiago Pereira, Luisa Malta e Veridiana Arrieche para temperar de humor alguma matéria do Contato, jornal-laboratório da Faculdade Estácio de Sá (SC).

Optei por ilustrar a reportagem sobre radar eletrônico no trânsito, o popular pardal, no sul do país. Nela foi apurado que em São José (SC) eles continuam nos postes, porém desativados, porque o gasto operacional com pardais era maior que a arrecadação das multas. Ou seja, apenas o lucro importava na utilização do dispositivo.


A reportagem também mostrou que sem pardais no município, a velocidade corre solta, literalmente. Agora, acontecem mais acidentes que durante a ação dos bisbilhoteiros.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Aliado ao Jornal SáCANA, pioneiro no protesto

Nosso blog colaborou com a edição e publicação do SáCANA - primeiro jornal-protesto circulado na Estácio de Sá (SC), em outubro de 2008. Se é como 'grana-viva' que os alunos de lá são vistos e a educação tocada como mera mercadoria, taí o empurrão que o Mamão aplicou.

O SáCANA foi uma iniciativa de Jorge Jr., presidente do Centro Acadêmico Aldírio Simões de Jornalismo, junto com os alunos da 6ª. fase diurno Isabel Humenhuk e Vicente Figueiredo. As irregularidades financeiras que a faculdade praticou com seus alunos também foram noticiadas na mídia impressa e televisiva da Grande Florianópolis.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Reportagem boa mesmo!

É recomendável que o jornalista utilize apenas caneta e bloco para anotações numa reportagem. Assim aprendemos com o prof. Fernando Evangelista na Estácio de Sá (SC). Afinal, o cara é cobra criada: já atuou como correspondente de guerra no Oriente Médio e foi repórter da revista Caros Amigos.

Ao saber disso, fomos às ruas sujar os sapatos com nossas reportagens.

Outra noite, recebemos o repórter Ricardo Viel, da Folha de S.Paulo, como convidado de aula. Um cara sangue-bom, nos deu muitas dicas. Contou que certa vez ele e Evangelista entrevistaram Aleida Guevara, filha de Che, e em outra reportagem, o jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano. Lá pelas tantas, Viel admitiu terem usado gravador nas entrevistas. Mal acabou de falar, a colega Veridiana Arrieche, ‘primeira dama do Jornalismo na Estácio’, abriu o bocão:
- Comé-quié?! E aquele papo de não usar gravador, Fernando?
Pronto. Quem disse que Evangelista segurou a aula? Eram gargalhadas de todos os lados.
- Essa parada tem que ser registrada, Marcelão! – sentenciou o santista Fábio Lima.

domingo, 2 de novembro de 2008

À memória da jornalista DU CARMO

Quero registrar minha homenagem à jornalista Maria do Carmo de Oliveira que faleceu no dia 22 de setembro de 2008, em Cuiabá/MT.

Du Carmo, como era carinhosamente chamada, trabalhava na Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Coordenação Regional do Mato Grosso. Muitos dos colegas de vários estados manifestaram sentimentos pela saudade que ficou.

Ela deixa marcas de momentos vividos durante os encontros da área de Educação em Saúde por esse Brasil afora. De fato, como esquecer das boas gargalhadas que Du Carmo dava tomando cervejas conosco em mesas de bares?

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Manifesto e exorcismo na Estácio (SC)

Alunos dos diversos cursos da Faculdade Estácio de Sá (SC) fizeram dois manifestos, um matutino e outro noturno, na quarta 21/05. Eles estão inconformados de ficarem à margem das decisões da diretoria da faculdade e resolveram questionar a democracia, a participação, a qualidade de ensino e os métodos pedagógicos aplicados pela instituição.

Após a assembléia do período noturno, os alunos saíram em passeata pelos corredores da faculdade, gritando palavras de ordem, que mais parecia um exorcismo aos “demônios mercadores do ensino”.

O “episódio” , como a direção da Estácio (SC) se referiu ao manifesto em cartazes fixados nos elevadores da faculdade, foi parar no site da União Nacional dos Estudantes - UNE. Confira a publicação na íntegra.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Lailson - humor como análise da realidade

No início da reportagem, escrevi para Lailson dizendo que eu teria de me controlar como fã da arte dele, para que isso não atrapalhasse o aprendiz de repórter. Mas é a emoção que nos mantém vivos.

Sem dúvida, os traços de Lailson daquela época, em Recife, reforçaram o meu interesse em lidar com a realidade do povo. Naqueles anos em que meu saudoso pai, sedento de justiça social, também me dera essa sensibilidade.

Quando respondeu a entrevista, Lailson me enviou a charge sobre a fome infantil, que ele publicou na Revista Stern no ano passado e que fez parte da exposição Draw Attention, promovida pela UNICEF.

MC - Em 2004, o site Universo HQ publicou que o humor gráfico mundial e brasileiro vinha perdendo cada vez mais público para outras mídias. Como está o panorama agora?
Lailson - Esta é uma questão que tem sido motivo de algumas conversas em nosso meio.
Em minha opinião, ocorreu uma certa regressão na interpretação do mundo, desde que se começou a falar no "politicamente correto", que é, na verdade, um tipo de censura do pensamento.
Por outro lado, passou a haver uma glamourização da miséria, da periferia, como se elas fossem fatores de desejo e não situações onde um ser humano é levado a viver - e conviver - com condições intelectuais e físicas bastante questionáveis.
O Humor Gráfico busca fazer a análise e a crítica dos costumes e não apenas provocar o riso fácil.
Com essas novas tendências comportamentais - que se refletem na mídia - os veículos passaram a querer "pautar" a opinião dos chargistas e reduzir a charge à uma piadinha inofensiva.
Ao mesmo tempo, as pessoas buscam apenas o entretenimento mais superficial e não são levadas a se interessar por uma análise mais profunda da realidade.

MC - O que você diz do chargista Michael Ramirez, ganhador do Prêmio Pulitzer por duas vezes?
Lailson - O humor de Ramirez é muito típico dos EUA.
As pessoas no Brasil tendem a achar que existe uma grande diferença entre Democratas e Republicanos, que os Democratas seriam de esquerda e os Republicanos de direita.
Isso é uma ilusão.
Pode-se dividi-los em liberais e conservadores, mas ambos são de direita.
A diferença entre a proposta democrata e a republicana, no que se refere ao Iraque, por exemplo, é que os democratas dizem que os EUA devem se retirar no curto prazo e os republicanos que deve se retirar em médio prazo, mas nenhum questiona o absurdo e a insensatez que foi invadir aquele país, nem questionam os motivos que nortearam a invasão.
Então, Ramirez reflete bem esse universo e agrada à maioria conservadora, que elegeu Bush e que, apesar de insatisfeita, é muito provável que eleja McCain.
Acho o desenho dele muito bom, de uma escola tradicional da charge americana e européia. O fato de ele receber dois Pulitzer mostra o reconhecimento que ele, como profissional, recebe dos seus pares.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Lailson – traços do mundo em Pernambuco


Além do trabalho de cartunista e artista gráfico, Lailson também lutou para projetar Pernambuco e o Brasil para o mundo, ao criar salões e festivais internacionais de humor em Recife.

Os festivais pernambucanos de humor expõem trabalhos do Brasil e do exterior. Acontecem oficina, mesa redonda e palestras. Neles também são divulgados traços de ilustradores do estado e os membros da ACAPE fazem caricaturas ao vivo dos visitantes.

O comerciante Eliseu Farias de Andrade é um ex-colega meu de turma no colégio Ginásio Pernambucano, em Recife. Entrevistado, ele respondeu para nosso blog.

MC - Você costuma ver as charges de Lailson no Diário de Pernambuco?
Eliseu - Lailson já está muito além das charges no DP (Diário de Pernambuco). Você precisa ver as exposições de charges e caricaturas naquele observatório da Marinha, lá no Recife Antigo. Aquilo lá, em grande parte, deve-se a Lailson. O cara é bom mesmo. Mas você, Marcelo, devia mandar também seus desenhos para essa exposição. Você também aprontava muito com a gente nos tempos do GP (Ginásio Pernambucano). E pelo jeito continua o mesmo, pois sempre manda charges com o pessoal aí do sul que eu não conheço, mas acho os desenhos engraçados.

MC - Que tal foi mostrar o trabalho de Lailson em nosso blog?
Eliseu - Muito bom , cara. Um pernambucano tem que mostrar os valores da sua terra. E você mostrou apenas o Lailson desenhista. Precisa também falar depois do Lailson "bluseiro" (músico de blues). Quem sabe numa outra oportunidade, hein? Parabéns, véio!

Charge do livro "O que vier eu traço" - (1981)

Em 2002, Lailson comemorou seus 25 anos de charges publicadas no Diário de Pernambuco com a exposição Retrato Oficial, no Palácio Campo das Princesas, sede do governo pernambucano.

Entrevista para nosso blog:

MC - Qual trabalho no mundo e no Brasil você destaca na arte do humor gráfico?
Lailson - É impossível destacar um único trabalho. Se extrapolarmos a pergunta para incluir projetos que envolvam o Humor Gráfico, destacaria o trabalho que é realizado por Juan Garcia Cerrada, na Universidad de Alcalá de Henares, na Espanha, com a Muestra Internacional de Humor Gráfico e o processo de criação da Cátedra de Humor Gráfico daquela universidade, que será a primeira do gênero na Espanha e, talvez, na Europa, onde o Humor Gráfico é estudado como registro do processo político-social dos povos íberoamericanos.

Ilustração do Festival: Lailson - Humor World

Última postagem da série amanhã: Lailson - humor como análise da realidade